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AS ELEIÇÕES ACABARAM, MAS, QUEM GANHOU? Como diria o poeta - e agora José? Quem é quem depois das eleições? - Nova Difusora

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AS ELEIÇÕES ACABARAM, MAS, QUEM GANHOU? Como diria o poeta – e agora José? Quem é quem depois das eleições?

                                                                                                    Texto Nº 10 – Pilando a verdade com o Prof. Pilão – 06/11/2022

 

Hoje faz uma semana que os brasileiros foram às urnas para eleger em 2º turno o Presidente da República e mais 12 novos governadores restantes para os estados cujo pleito não os elegeu em 1º turno, são eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

De um total de 156.454.011 eleitores os brasileiros no 2º turno, registraram seus votos nas urnas 124.252.796 eleitores, ou 79,41%, dos quais 3.930.765 foram nulos e 1.769.678 votos em brancos, com uma abstenção de 20,49%.

As eleições acabaram e ele ganhou, mas quem é ele, quem ganhou?

Como sabemos para a Presidência da República o candidato mais votado foi Luiz Inácio Lula da Silva, com 60.345.999 – 38,57% dos eleitores, ou 50,9% dos votos válidos, enquanto votaram em Jair Messias Bolsonaro 58.206.354 eleitores – 37,2%, ou 49,1% dos votos válidos.

Por estes dados, mantidas as informações disponíveis hoje, por uma diferença muito pequena, a menor desde a redemocratização do Brasil, Lula venceu Bolsonaro para o cargo de Presidente, mas, ele realmente venceu as eleições?

Não nos referiremos aqui a teorias da conspiração, ou a fraudes eleitorais, já que mesmo que haja indícios na prática não há como serem comprovados, em função das regras impostas ao pleito que não permitem revisão, por exemplo, a checagem dos votos é impossível, não existem votos a serem recontados.

O que nos propomos aqui é a fazer uma rápida análise dos números que saíram das urnas eletrônicas, porém, antes disso, é importante comentarmos rapidamente sobre as manifestações que vem ocorrendo no Brasil após o TSE divulgar os resultados das eleições de 2022.

Desde logo é importante lembrar que a Constituição prevê que todos os tipos de manifestações são legítimos, evidentemente desde que sejam realizadas de forma ordeira, respeitando-se o direito de outros, portanto, estão corretas tanto as do pessoal do PT que festejou com razão em todo o Brasil a vitória do Lula, quanto as do pessoal mais conservador que questiona a lisura do pleito.

No domingo, 30/10/2022, assim que os resultados foram divulgados, começou uma grande festa na Avenida Paulista com a presença de Lula, que se estendeu noite adentro, foi a coroação da vitória do petista, inteiramente dentro do padrão esperado de ordem e civilidade.

Na madrugada de 31/10/2022 começaram as manifestações por parte de caminhoneiros que interditaram rodovias, para registrar, segundo eles, a falta de lisura das eleições. Embora essas manifestações sejam consideradas indesejáveis, já que causam grandes transtornos à população e riscos de desabastecimento, elas são normais em uma democracia, mas, qual é o limite?

Ao que parece, exageradas no início elas também ficaram dentro dos padrões de ordem e civilidade desejados, já que por meio de negociações com a polícia foram desmontados vários bloqueios, os quais praticamente acabaram com as falas do presidente Bolsonaro pedindo a desobstrução das vias e que cessassem as interdições. A obstrução é ilegal, mas, as manifestações não!

No feriado de finados o que se viu foram os protestos contra a lisura das eleições se realizarem nas portas dos quartéis do exército de todo o País, com a população em grande número pedindo por intervenção federal, esses sim dentro do padrão de ordem e civilidade e sem causar transtornos à população.

Voltemos, pois, à questão de quem ganhou as eleições:

No segundo turno Bolsonaro aumentou sua votação em todos os estados da federação e também no Distrito Federal, foram 7,13 milhões de votos a mais que no 1º turno. Já Lula obteve 3,08 milhões de votos a mais, não cresceu em Tocantins e perdeu votos em quatro estados: RR, AC, AP e AM.

Isso vai fazer com que Lula assuma a presidência com 50,9% dos votos válidos, logo, com um total de 96.108.012 eleitores que não o escolheram para o cargo. A título de comparação, em 2018 Bolsonaro teve 55,13% dos votos válidos, ou seja, 89.508.428 eleitores na ocasião não votaram nele.

Portanto, a performance de Lula nos votos válidos foi melhor, as urnas mostraram isso, e Lula ganhou as eleições ao cargo de Presidente da República Federativa do Brasil pelos próximos quatro anos de 2023 a 2026, porém, vale lembrar que temos no Brasil um regime de votação misto, as eleições não foram só para presidente, tivemos eleições majoritárias para governadores e senadores dos 27 entes federativos e proporcionais para 513 cadeiras na Câmara dos Deputados e para as Assembleias Legislativas.

Para as eleições majoritárias a cereja do bolo claro que era a presidência da república, vencida por Lula, mas, o restante dos cargos disputados não obedeceram a essa ordem e ficaram assim distribuídos entre apoiadores:

Governadores com Bolsonaro – 14: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Governadores com Lula – 11: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Governadores que não se posicionaram – 2: Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Nesse cenário, considerando-se a projeção do PIB de 2022 com um crescimento de 3% em relação a 2021, algo em torno de R$8,961 trilhões, os governadores que apoiaram Bolsonaro governarão juntos cerca de 74,8% do PIB, mais de R$6,5 trilhões; cerca de 9,02%, ou cerca de R$ 801 bilhões, estarão nas mãos dos governadores de PE e RS; cabendo aos apoiadores de Lula governarem os outros cerca de 16,01% do PIB, ou R$1,393 trilhão.

Com relação aos 27 senadores eleitos, 16 são da base de apoio a Bolsonaro eles pertencem aos seguintes estados: Acre; Distrito Federal; Espírito Santo; Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; Paraná; Rio de Janeiro; Rio Grande do Norte; Rio Grande do Sul; Rondônia; Roraima; Santa Catarina; São Paulo; e, Sergipe – simplesmente o dobro dos eleitos pelo PT.

Enquanto estiveram com o PT de Lula e se elegeram 8 senadores: Alagoas; Amazonas; Bahia; Ceará; Maranhão; Pará; Pernambuco; Piauí.

Três não se posicionaram: Amapá, Paraíba e Tocantins, todos do União Brasil.

Já para a Câmara Federal o PL, partido do presidente elegeu a maior bancada com 99 deputados, somam-se a esses mais 47 deputados eleitos pelo PP e 41 do Republicanos, todos partidos da coligação do presidente, no total 187.

Além desses 187 deputados eleitos pelos partidos da coligação de Bolsonaro outros de centro direita, como o União Brasil que elegeu 59 deputados e o PSD com 42 cadeiras, e mesmo partidos com bancadas menores como o Podemos, o PTB e o PSC, também se alinharam, fala-se em mais de 273 cadeiras, com muitos deputados do MDB e PSDB também com visões políticas parecidas.

Por sua vez, por meio de uma coligação com 11 partidos políticos, Lula elegeu 138 deputados: 68 pelo PT, o PSB fez 14 cadeiras, o PSOL/Rede fez 12, o Avante fez 7, o PCdoB, PV e Solidariedade fizeram 4 cada um, e o Prós ficou com 3, demais partidos aliados de esquerda, como o PDT com 17 deputados, e parte do MDB e PDS devem somar 138 cadeiras pró-Lula na Câmara.

Quem venceu as eleições é uma questão de ponto de vista, mas, é indiscutível pelos dados aqui expressos que Lula venceu a presidência e que Bolsonaro foi outro grande vencedor, mesmo com todos os problemas estruturais e pontuais que ocorreram durante a sua campanha, ou seja, não há como negar que Bolsonaro sofreu entraves não vistos na campanha de Lula, por exemplo:

  • As ações que o STF realizava contra o presidente Bolsonaro, desde de o início de seu mandato, foram transferidas para o TSE no início das eleições, que continuou impondo restrições das mais variadas contra a sua campanha;
  • O posicionamento político dos grandes órgãos da imprensa tradicionais, tais como: Rede Globo, UOL, Folha e outros que veladamente escolheram um lado do pleito, o de Lula, e trabalharam exaustivamente a seu favor;
  • O posicionamento dos Institutos de Pesquisa, como o IPEC/Globo, por exemplo, que apontaram que Lula venceria no 1º turno e que Lula tinha 54% dos votos e 46% para Bolsonaro na véspera do 2º turno, ou seja 8% de diferença, contra menos de 2% de diferença real, leva a um descrédito da lisura das pesquisas, já que foram todas a favor de Lula;
  • As milhares de propagandas supostamente não veiculadas a favor de Bolsonaro, sem que houvesse nenhuma apuração dos fatos por parte do TSE;
  • Dentre os problemas pontuais que pesaram contra Bolsonaro está indiscutivelmente a enorme incapacidade de comunicação do governo em especial durante a pandemia que se repetiu na campanha;
  • O caso do aloprado presidente do PTB, Roberto Jeferson, vinculado a Bolsonaro, com a sua injustificável e condenável reação à Polícia Federal;
  • O caso do ministro Paulo Guedes, com sua absoluta falta de capacidade política para o discurso eleitoral, o que permitiu que suas falas, no mínimo controversas e estudos fora de hora, fossem utilizadas contra seu chefe;
  • O caso da deputada Carla Zambelli, eleita com quase 1 milhão de votos, que nas vésperas das eleições, após ter sido ataca reagiu, também de forma aloprada e condenável, correndo atrás de seu agressor de arma em punho.

Ao que parece as urnas demonstraram que há dois brasis que precisam se entender para seguir adiante, não se trata uma simples divisão geográfica entre norte e sul, mas de duas visões diferentes de mundo, com um sonho em comum: que todos os brasileiros sejam de uma classe única, de 1ª classe, nenhum brasileiro quer a exclusão e sim a inclusão, só que de formas diferentes, com costumes, valores e oportunidades iguais. A solução é simples, embora de implantação complexa.

As urnas demostraram claramente que temos uma população mais vulnerável clamando por oportunidades, por melhores condições de vida para se tornarem cidadãos mais completos, com chances de crescer e vencer na vida e que essas condições devem ser providas pelo Estado, solução essa que carece de uma visão mais clara do preço a ser pago pela sociedade, e optaram por Lula.

De outro temos cidadãos que já tiveram a oportunidade de se estabelecer no cenário brasileiro com maior qualidade de vida, mas, que entendem que com o seu trabalho podem fazer um Brasil melhor e que com o progresso trarão junto esses mais vulneráveis de maneira natural, Bolsonaro os representa mais.

Acredito que essa é a oportunidade do congresso se estabelecer como uma grande força, já que caberá aos vencedores desse pleito, apoiadores de Lula e de Bolsonaro, conseguirem formar contra pesos, de um lado e de outro, visando implementar as ações sociais necessárias, mas, sem abafar as conquistas liberais já alcançadas.

Caberá a eles buscar o equilíbrio, criando as condições para o executivo governar dentro do cenário mostrado nas urnas, por sua vez, ao judiciário cabe julgar quando a sociedade não conseguir encontrar o caminho, pelo que vimos, eles devem recolher-se e deixar a vida correr, pois o rumo foi dado.

Entendo que se isso for compreendido, e alcançado, pelas três forças o Brasil tem tudo para progredindo a avançar, o caminho já foi asfaltado pelo atual governo e os rumos já foram definidos pelas urnas, mas, se cada parte resolver fazer prevalecer a sua vontade, teremos dias difíceis nos próximos 4 anos.

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