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Teve início o trabalho de restauro do complexo arquitetônico do Museu FAMA em Itu, marco da arquitetura industrial paulista do início do século 20. A etapa inicial, voltada ao diagnóstico e levantamento técnico, marca o início de um processo que combina arte, ciência e engenharia na preservação de um dos mais importantes conjuntos patrimoniais da cidade.
Reconhecida desde 2003 pelo CONDEPHAAT como Patrimônio Arquitetônico Industrial do início do século 20, a antiga fábrica se prepara para uma transformação cultural que reunirá parte da coleção de arte brasileira do Museu FAMA e parte do acervo do Museu Asas de Um Sonho em um mesmo espaço expositivo.
O restauro têm revelado detalhes surpreendentes sobre a construção centenária que ajudou a moldar a industrialização de Itu. A obra mobiliza equipes técnicas especializadas e combina engenharia, arqueologia industrial e técnicas refinadas de conservação patrimonial para recuperar uma das edificações mais emblemáticas da cidade.
A antiga fábrica, atualmente, conta com três frentes de trabalho simultaneamente: a elaboração do laudo estrutural, os testes e análises das madeiras e o planejamento detalhado da troca e restauração das telhas.
Uma das descobertas mais impressionantes da equipe foi a identificação das madeiras utilizadas na construção original da fábrica. Os pilares são feitos de cedro, copaíba e castanheira, espécies classificadas como madeiras duras e tradicionalmente utilizadas apenas em obras de altíssima qualidade.
Segundo o arquiteto e restaurador, Vinicius Martins de Oliveira, os pilares possuem mais de 100 anos de existência e muitos aparentavam escurecimento pela umidade. “Ao remover apenas cinco milímetros da superfície, a equipe constatou que a madeira permanece amarelada, firme e estruturalmente íntegra”, afirmou.